Marconi Teixeira Fonseca - Doctoralia.com.br

A perda auditiva súbita é uma das principais causas de emergência em otorrinolaringologia, e por isso deve ser identificada e tratada o mais precocemente possível. Descrita pela primeira vez por De Kleyn, em 1944, a surdez súbita representa uma das raras causas de emergência em otologia, representando aproximadamente 1% de todas as surdezes neurossensoriais com incidência estimada de15.000 novos casos/ano no mundo.

Em cerca de um terço dos casos podem ocorrer queixas associadas como zumbido e tontura. Até 90% dos casos são considerados idiopáticos, ou seja, sem causa definida, sendo presumivelmente atribuída a origem vascular, viral ou de etiologia múltipla. No entanto, causas não idiopática de surdez súbita, como fístula labiríntica, tumores do nervo acústico ou acidentes vasculares cerebrais, devem ser descartadas. Para esta definição, exames audiológicos, hematológicos e de imagem, como ressonância magnética devem ser realizados.

Em aproximadamente 32 a 65% dos casos, os pacientes recuperam a audição espontaneamente. O índice de recuperação varia de acordo com uma série de fatores favoráveis ou desfavoráveis, sendo o tempo entre instalação do quadro e início do tratamento um dos mais relevantes.

As opções de tratamento são diversas, e variam desde medicação oral até a aplicação de medicação intratimpânica (através da membrana timpânica) e oxigenoterapia hiperbárica. A escolha terapêutica dependerá do tempo de início da surdez e das condições clínicas do paciente. Mas vale a pena ressaltar que o sucesso do tratamento, ou seja, recuperação da perda auditiva dependerá da precocidade de início do tratamento.

Dr. Marconi Teixeira